A Relação entre a psicomotricidade e o ensino-aprendizagem do violino
Resumo
A psicomotricidade apropria-se da globalidade do indivíduo, considerando o seu desempenho motor executando atividades, ainda, avalia a consistência cognitiva para solucionar a demanda proposta, assim como, o envolvimento afetivo diante destas condições. Para a prática do violino, os elementos psicomotores tonicidade, equilibração, noção do corpo, estruturação espaço-temporal, praxia global e praxia fina, são exigidos intensamente. O violino representa muito bem a riqueza física na acústica musical, pois por intermédio de sua caixa acústica, acessadas pelos orifícios em forma de “f” no tampo superior, produz um ressoar característico em decorrência das vibrações produzidas pela fricção do arco sobre as cordas. A aprendizagem do violino demanda várias vertentes do desenvolvimento motor, bem como, a percepção do próprio corpo. Ao iniciar os estudos no violino torna-se indispensável compreender os componentes envolvidos nos movimentos que são apresentados, buscando refletir sobre as capacidades, habilidades e os padrões ali contidos. A relação entre a psicomotricidade o ensino-aprendizagem do violino fundamenta-se na complementação. Como são essencialmente análogas, partem de pressupostos comuns que se formalizam na dominância de elementos psicomotores. A importância deste entendimento corrobora para o ensino-aprendizagem do violino. Ao professor, deter noções sobre a psicomotricidade e sua relação intrínseca com a aprendizagem, facilita a mediação, e consequentemente a assimilação do aprendente. Ao aprendente, a modelagem de movimentos facilita a consciência e o reconhecimento natural destes, evoluindo da cognição para a automatização de forma ordenada.
