Prevalência de ansiedade e depressão em alunos do 1º ano do ensino médio e a correlação com o uso abusivo da tecnologia
Resumo
O retorno das aulas presenciais, pós-período de isolamento social, ocasionado pela pandemia da COVID 19, trouxe consigo mudanças explícitas no comportamento dos estudantes. O confinamento interfere nas potencialidades dos adolescentes, dificultando a aquisição de novas habilidades e capacidades, bem como as interações e as relações interpessoais, que são tão importantes na fase da adolescência. De maneira geral, muitas pessoas tiveram a saúde mental afetada pelo isolamento social, porém, o público jovem pode ter consequências irreparáveis, pelo fato de serem indivíduos ainda em processo de formação. A cidade de Sinop detém uma das maiores médias nacionais no índice de natalidade, e um número considerável de adolescentes. Por isso, considerou-se relevante identificar a prevalência de ansiedade e depressão que acomete os adolescentes com idades entre 13 e 16 anos, matriculados no 1º do Ensino Médio da Escola Estadual Nilza de Oliveira Pipino, com amostra de 75 alunos, considerando válida a aplicação de 60 questionários, no município de Sinop, Mato Grosso, analisando a correlação com o uso abusivo de tecnologias, através da utilização das técnicas quantitativas na coleta de dados, Escala de Ansiedade de Beck – BAI, utilizada para medir a ansiedade em curto prazo, com foco nos sintomas somáticos da ansiedade; Escala de Depressão de Beck – BDI, utilizada para avaliar a intensidade dos sintomas da depressão; e a Escala Mobile Phone Addiction Test – MPAT, utilizada para avaliar a dependência do uso do telefone celular. As respostas demonstraram que há prevalência de sintomas de ansiedade em 66% da amostra, com uma inclinação de tendência à depressão em 75% da amostra, e uma tendência à dependência tecnológica em 52% da amostra, indicando que há correlação entre a ansiedade, a depressão e a dependência tecnológica. Uma vez que se identifica ansiedade e depressão em níveis significativos em determinado público, sendo este público, principalmente, adolescentes, também é possível suspeitar da dependência tecnológica, concluindo-se, então, que a aplicação de estratégias para a prevenção da ansiedade, depressão e dependência tecnológica no ambiente escolar, definem-se como emergenciais na prevenção desses transtornos, no intuito de ajustar e promover saúde mental aos adolescentes, considerando que a amostra ressaltou significativa inclinação para esses transtornos.
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