Luto por morte à luz da logoterapia
Palavras-chave:
Logoterapia, Luto, Morte, Terapia do SentidoResumo
Entender que cada pessoa reage de uma forma às situações de morte e luto é de fundamental importância. A obra “Sobre a Morte e o Morrer”, de Kübler-Ross (1969) relata a experiência com pacientes terminais no Departamento de Psiquiatria do Hospital Billings da Universidade de Chicago. Foi ela a primeira a falar sobre os estágios do luto: negação e isolamento, raiva, barganha, depressão e aceitação. Uma forte e dolorosa experiência pessoal de morte e a ideia de relatar os sentimentos e a busca pela superação do vazio existencial, serviram de impulso para o estudo, tendo a Logoterapia, considerada a Terceira Escola Vienense de Psicoterapia, surgido como uma perspectiva para um sentido. A Logoterapia, que tem como um dos fundamentos a busca pelo sentido da vida é uma excelente ferramenta para trabalhar com pessoas portadoras de doenças em fase terminal ou em situações de vulnerabilidade, bem como as que passam por situações de luto, e luto por morte. Enquanto busca compreender a finitude e, entendendo que o luto é o preço que se paga pelo amor, como bem ensinou Parkes (2005), a pessoa supera os momentos difíceis com a esperança de que sempre existe algo a mais, alcançando um novo sentido para sua vida e o vazio existencial deixa de existir, dando lugar a novas perspectivas, confirmando a ideia de Frankl (1987), de que a busca do sentido é a principal força motivadora do ser humano, não importando a circunstância que esteja vivendo.
Referências
AFFONSO, S; SILVER, E. Epitáfio. Titãs. YouTube, 2002. Disponível em: https://youtu.be/7TunQUJdy1E. Acessado em: 17 abril 2023.
ARIÈS, P. História da morte no Ocidente. Tradução Priscila Viena de Siqueira. Nova Fronteira: Rio de Janeiro, 1977.
BOWLBY, J. Formação e rompimento dos laços afetivos. São Paulo: Martins Fontes, 1997, 225 p.
BOWLBY, J. Perda: tristeza e depressão. Vol. 3 Trilogia Apego e Perda. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
CORRÊA, D. A. Do luto ao sentido: aportes da logoterapia no espaço psicoterapêutico. Psicologia: teoria e prática, v. 14, n. 3, p. 180-188, 2012.
DEVINE, M. Tudo bem não estar bem. Rio de Janeiro: Sextante, 2021.
FONTES, M. Como superar o luto: Guia prático para passar pelos estágios do luto de forma saudável e usar a experiência ressignificar sua vida. Márcia Fontes. Hotmart, 2024. E-book. Disponível em: https://mfrevelation.com/como-superar-o-luto-livro-digital/. Acesso em:08 mar 2024.
FRANCO, M. H. P. O luto no século 21. São Paulo: Summum, 2021.
FRANKL, V. E. A questão do sentido em Psicoterapia. Campinas, Paulus, Papirus, 1981.
FRANKL, V. E. A vontade de sentido:fundamentos e aplicações da logoterapia. São Paulo, Paulus, 2021.
FRANKL, V. E. Em Busca de Sentido: um psicólogo no campo de concentração. Porto Alegre, Sulina, 1987
FRANKL, V. E. Sede de sentido. 3ª ed. - São Paulo: Quadrante, 2003
FREUD, S. (1915/1996). Luto e melancolia. Rio de Janeiro: Imago, 2013
KOVÁCS, M. J. Morte e Desenvolvimento Humano. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1992
KOVÁCS, M. J. O luto é uma experiência universal, mas também é singular já que cada pessoa tem a sua forma de viver a situação, diz especialista. Instituto de Psicologia da USP. Portal de Divulgação Científica do IPUSP, São Paulo, São Paulo, 23 jun. 2020. Disponível em: https://sites.usp.br/psicousp/o-luto-e-uma-experiencia-universal-mas-tambem-e-singular-jaque-cada-pessoa-tem-a-sua-forma-de-viver-a-situacao-diz-especialista/. Acesso em: 08 mar 2024
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo : Atlas, 2003.
LEWIS, C. S. A Anatomia de um luto / Clives Staples Lewis ; Tradução Francisco Nunes. Rio de Janeiro: Tomas Nelson Brasil, 2021, 77 p. Disponível em: https://leitor.arvore.com.br/ e/livros/ler/a-anatomia-de-um-luto?p=7HbZUYfc06sMzflTBAKm. Acesso em: 11 abr. 2023.
MACHADO JR., P. P. A ruptura do tempo na experiência do luto: um aprendizado. Jornal de Psicanálise. vol. 51 nº 95, p. 273-284, 2018. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/ scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-58352018000200022. Acessado em: 10 abril 2023.
PARKES, C. M. Dor da perda. Psiquiatra inglês analisa o luto e vê o amor. Folha de São Paulo, São Paulo, 01 mai. 2005. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0105200536.htm. Acesso em: 11 nov. 2023.
PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. Metodologia do trabalho científico [recurso eletrônico] : métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico / Cleber Cristiano Prodanov, Ernani Cesar de Freitas. – 2. ed. – Novo Hamburgo: Feevale, 2013.
RAMOS, V. A. B. O processo de luto. O Portal dos Psicólogos [on line]. 2016. Disponível em: https://www.psicologia.pt/artigos/ver_artigo.php?o-processo-de-luto&codigo=A1021. Acesso em: 09 nov. 2023
RODRIGUES, L. A.; BARROS, L. A. Sobre o fundador da Logoterapia: Viktor Emil Frankl e sua contribuição à Psicologia. Goiânia, v. 36, n. 1/2, p. 11-31, jan./fev. 2009
ROSS, E. K. Sobre a Morte e o Morrer: O que os doentes terminais têm para ensinar a médicos, enfermeiras, religiosos e aos seus próprios parentes. 7ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996, 299 p.
WOLFELT, A. Momentos com Dr. Wolfelt. Park Memorial Funeral Home, 2023. Disponível em: https://www.parkmemorial.com/mwdw. Acesso em: 01 novembro 2023.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista Mato-grossense de Saúde

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.